Mas afinal o que é o transhumanismo? E quem são os transhumanistas?

15 de Janeiro de 2018
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III Parte

Ilustração por Xavier Almeida.

 

As ligações entre o cosmismo russo e a tecnociência H+, que temos vindo anteriormente a referir, ainda não acabaram. Entre os que participaram nos exclusivos seminários de Fedorov, encontrava-se Konstantin Eduardovich Tsiolkovsky (1857-1935), o pai da astronáutica soviética, cujas ideias e descobertas foram os alicerces, juntamente com os mísseis de guerra alemães requisitados e readaptados pela URSS, do primeiro satélite artificial em órbita, o Sputnik (1957). Tsiolkovsky, além dos seus sucessos como cientista, que traduziram o propósito de viajar no espaço em equações e soluções técnicas, foi também propagandista de um messianismo cósmico, segundo o qual, para sobreviver, a humanidade deveria ultrapassar o seu confinamento no planeta Terra. Uma sua frase muito conhecida é: «A Terra é o berço da humanidade, mas não se pode viver para todo o sempre num berço.» Não se deve omitir que na versão original em língua russa não se falava em «humanidade», mas em «mente».1 Os actuais programas espaciais das várias potências mundiais teimam em canalizar e desperdiçar enormes recursos terrestres, comuns e limitados, para um objectivo extra-terrestre no qual bem poucos participarão, se alguma vez chegarem a algum porto. Numa versão laica da escatologia judaico-cristã, perseguem-se os céus como destino último do Espírito Santo, encarnado, até hoje, na razão humana, e amanhã, porque não, numa máquina espiritual. A economia política da investigação científica tende a ser condicionada e moldada por um circuito de retroalimentação recíproca entre antigos mitos, inovocentrismo pueril, interesses financeiros e nevrose militarista. A velha ideia religiosa que vê neste planeta uma habitação indigna e uma punição que visa a redenção, acompanha pari passu a sua exploração e consequentes estragos. Ao recusarmos a nossa pertença à Terra, estamos a comprometer e a prejudicar as suas condições, e a torná-la realmente inabitável. O antigo mito fundador da divisão de classes, no qual as elites tentam legitimar e disfarçar o seu cínico papel mundano, apelando à fantasmática «missão histórica» de nos conduzir ao bem ultraterreno, parece não gozar de substanciais inovações desde a época dos faraós até à da NASA. Paradigmático a este respeito é o filme Interstellar, em que a retórica da Monsanto, que advoga estar a solucionar o problema da fome no mundo quando, pelo contrário, está a exacerbá-lo, é projectada num cenário em que já não há nada a fazer senão recorrer aos organismos geneticamente modificados (OGM) para sustentar a população. Com esta operação narrativa, visa-se passar sub-repticiamente uma sensação de fatalidade. O mesmo pode ser dito da veiculação de um imaginário manipulado acerca de uma casta de cientistas, os da NASA, que procuram uma via de escape deste planeta para salvar a humanidade. Um filme de propaganda tecno-messiânica, portanto, apesar de serem poucos a vê-lo neste prisma (ou talvez o seja mesmo por isso): um filme que diz muitas verdades, mas que as diz na «novilíngua», trocando o sentido das coisas. O que se quer dizer sem dizê-lo expressamente é que, perante o suposto estado de excepção das condições ecológicas planetárias, nada há a fazer senão outorgar todas as nossas esperanças aos peritos, os únicos a poderem solucionar por meios técnicos os estragos criados por meios técnicos. Um filme que apela à tecnocracia absoluta, àquilo que nos parece ser o programa político secreto do H+, tal como temos vindo a expô-lo desde as suas labirínticas origens.

Ora bem, para nos determos um pouco nos meandros do cosmismo, importa referir como um dos centros de propagação do pensamento de Fedorov foi a «Comissão para o Estudo das Forças Produtivas», instituto criado pela Academia das Ciências da Rússia em 1915 e liderado por Vladimir Ivanovich Vernadsky (1863-1945). Geoquímico de formação, Vernadsky cunhou o conceito e o termo «biosfera», referente, no seu entender, ao conjunto de todas as formas de vida, consideradas como um único estrato sobreposto ao da matéria inanimada, a «geosfera». Ainda segundo Vernadsky, um outro estrato se teria erguido sobreposto à geo e biosfera, um estrato compenetrado e governado pela mente humana e pela razão científica, estrato que, da autoria do jesuíta e paleontólogo Teilhard de Chardin ou, talvez, do filósofo e matemático Édouard Le Roy, ambos ouvintes das palestras em Paris de Vernadsky, acabou por ser chamado de «noosfera». Misturando motivos teológicos e evolutivos, a esfera noética é descrita como a encarnação do logos cristão numa nova fase da evolução planetária, uma fase caracterizada pela especificidade de ser, seguindo o legado de Fedorov, activamente guiada. Se o conceito de «biosfera» foi o precursor da «hipótese de Gaia» (que visa o planeta Terra como um organismo vivo), o actual debate académico sobre o «antropoceno» (termo com o qual se pretende referir a agência humana como uma força planetária a par de outras forças geológicas) tem as suas raízes no conceito de «noosfera». Na noosfera, segundo Chardin, a técnica tem um lugar de primazia, como se de um organismo dotado de membros, sistema nervoso, órgãos sensoriais e memória se tratasse. As máquinas, a seu ver, contribuem para a criação de uma consciência colectiva, como exemplificado pela rádio e pela televisão, tornando o pensamento mais rápido. Todas as máquinas da Terra, conjuntamente, tendem a formar uma única rede, uma tecnosfera de actividades económico-tecnológicas em aceleração exponencial, ao ponto de aumentar a «temperatura psíquica» do planeta até à emergência de uma «super-vida», um organismo senciente panterrestre. A humanidade está próxima de um limiar crítico. Cruzando-o, entrará no «Trans-Humano» (este termo é usado pelo próprio Chardin).

Ilustração por Xavier Almeida.

 

A influência do imaginário irradiado pelos sincretismos de motivos que temos vindo a referir continua a ecoar: se por um lado a ideia de evolução dirigida encontra as suas ressonâncias nos visionários do admirável mundo novo da nanotecnologia e da biotecnologia1, por outro, estrategas das forças armadas americanas começaram a desenvolver, graças ao financiamento tanto do governo quanto de corporações privadas, e com a colaboração tanto de sectores das instituições sanitárias quanto das universidades, a chamada «noopolítica», uma «estratégia informática para manipular os processos internacionais»2. O Global Consciousness Project, desenvolvido pela Universidade de Princeton3, alicerça-se na recolha de dados à escala planetária, ambicionando encontrar neste fluxo aleatório de informação padrões que revelem a presença e a eficácia de uma «consciência» supra-individual, de forma a poder prever e governar os fenómenos sociais. A ideia de um sistema nervoso planetário, antecipada pelo World Brain de H. G. Wells (1938), encontra-se em fase de desenvolvimento no projecto CeNSE, Central Nervous System of the Earth, por parte da multinacional da informática estado-unidense Hewlett-Packard Company, que leva avante a instalação de um trilião de sensores destinados a monitorizar todo o planeta. Mais uma vez nos parece que a sombra de personagens como Fedorov ou Chardin, com as suas conjugações de motivos escatológicos e positivistas, ainda obscurece as consciências dos cientistas-profetas-empreendedores do tecno-capitalismo contemporâneo4. Ainda, diga-se de passagem, depois do que foi referido sobre a influência de Fedorov na elite russa, não é descabido suspeitar que o embalsamento do corpo de Lenine não seja apenas um sintoma de fetichismo, mas também um símbolo da confiança nos poderes taumatúrgicos da ciência vindoura, tal como foi manifesto pelo movimento criogenista contemporâneo que visitaremos numa das nossas próxima excursões pelas origens do H+.

Mas não podemos não deixar mais uma nota sobre o cosmismo russo, pois não deve ser omitido que também entre os marxistas o pensamento de Fedorov havia encontrado adeptos. Como não referir o caso de Léon Trótski (1879-1940), que, inspirando-se em Marx e Engels, acreditara numa evolução autodirigida de forma consciente. Considerando o ser humano como uma criatura desarmoniosa quer no plano físico quer no plano psíquico, sempre atormentada pelo medo da morte que a arremessa para as crenças ultramundanas mais irracionais, Trótski falara da necessidade de a humanidade se tornar dona dos seus sentimentos e da sua vontade até se erigir, mediante «modificações biomecânicas» específicas, em «um tipo sociobiológico mais elevado ou, se se quiser, um super-homem», pois «nada existe de impenetrável no pensamento consciente! Nós alcançaremos qualquer coisa! Nós dominaremos qualquer coisa! Nós reconstruiremos qualquer coisa!»5. Em Marxismo e Ciência, Trótski afirmara que o conhecimento científico da natureza tem «o fim de adquirir sempre mais domínio sobre ela». Este fim diria respeito também ao domínio sociotécnico da fisiologia humana, pois «o homem se tornará incomparavelmente mais forte, mais sábio, mais agudo. O seu corpo será mais harmónico, seus movimentos mais rítmicos». À semelhança dos fascistas italianos e dos nacional-socialistas alemães, também para os pensadores comunistas de alto gabarito como Gramsci, Lenine e Trótski, o imaginário revolucionário do futurismo era de louvar pela sua visão da humanidade como um Prometeu libertado pela tecnociência. Para os teóricos marxistas, o futurismo representava uma estética, que entra deliberadamente na política com o objectivo de «destruir os valores burgueses», abrindo caminho aos trabalhadores da «época da grande indústria». Para Trótski, em curiosa sintonia com os teóricos da ciência liberal, na ciência coalescem o carácter utilitário e uma certa neutralidade: «Na maioria dos casos, os cientistas são empurrados pela sua paixão pelo conhecimento, e quanto mais uma descoberta é significativa, tanto menos o seu autor é capaz, em geral, de prever as suas possíveis aplicações práticas. Assim, a paixão desinteressada de um pesquisador não contradiz o significado utilitário de cada ciência mais do que o sacrifício pessoal de um combatente revolucionário não contradiga os fins utilitários das exigências de classe que ele serve». A luta material típica das sociedades divididas em classes será, «na ordem social socialista», «sublimada», ou seja, «assumirá uma forma mais elevada e mais fecunda: pôr-se-á no plano da luta pelas próprias opiniões, os próprios projectos, os próprios gostos». Contrariamente às formas de poder que existiram na história, no socialismo vindouro as forças competitivas estarão canalizadas para a inovação científica, tecnológica e artística, isto é, para aquilo que nos parece uma preconização da «economia do conhecimento» actual. A passagem do socialismo para o comunismo, sempre nas palavras do próprio Trótski, não necessitará de uma revolução a não ser a do progresso técnico. E, sobretudo, o super-homem socialista não afirmará o seu domínio pelas armas ou pelo dinheiro, nem pelo sangue ou pelo censo, mas antes pelas qualidades do seu espírito.

Entretanto, na outra frente ideológica, o anti-comunista Michael Polanyi (1891-1976) tentava entrelaçar, na sua defesa da «liberdade académica», o individualismo utilitarista com a subjugação a uma obrigação impessoal, os «impulsos individuais» e a «paixão criativa» com a disciplina e os padrões impostos pela «tradição científica». A «fundamentação espiritual» da ciência garantiria automaticamente a «coordenação espontânea» e a «auto-coordenação» dos indivíduos à sua corporação. O precário equilíbrio entre autonomia e disciplina constituiria a «base transcendente» da «realidade espiritual» da nação científica enquanto «comunidade de pessoas livres» intérpretes da «tradição universal da humanidade». É óbvio que esta idílica narração vale apenas para o «avanço do conhecimento» puro, enquanto que no «trabalho rotineiro», a saber, a «condução das guerras», a «melhoria dos serviços públicos» e os «lucros industriais», «a direcção do progresso» deve ser entregue a uma «autoridade central». O que distingue os regimes totalitários, nas ambíguas palavras de Polanyi, é a negação por parte destes das «coisas invisíveis que guiam o impulso criativo do homem e em que a consciência do homem é naturalmente enraizada», a negação das «ideias transcendentes»6. Mas precisamos recuar alguns anos para entender o papel de personagens como Polanyi ou Vannevar Bush. Pois foi em 1938-39, durante uma série de conferências secretas organizadas nos EUA pela Rockefeller Foundation, que se concebeu uma nova estratégia na luta pela hegemonia cultural7. No rasto da crise económica de 1929, e preocupados pela vertiginosa ascensão do «socialismo científico» por um lado, e pelo nascimento dos sindicatos dos trabalhadores científicos por outro8, John Marshall e outros representantes das classes dominadoras do maior regime democrático do mundo planearam a figura de um «intelectual orgânico» funcional para a manutenção da estabilidade social. Para que o conhecimento científico, seus métodos e valores, fossem proficuamente utilizados como forma de propaganda, era precisa uma mediação cultural entre a sua sofisticada e exclusiva linguagem e a das pessoas comuns: surgiu o middle men, o divulgador científico na era da comunicação de massas9. A guerra psicológica governamental, através destes mediadores intelectuais, visava reduzir os efeitos de estranhamento e angústia psicológica potencialmente engendrada pelo mundo misterioso e poderoso da tecnociência. Utilizando os estudos da psicologia de massas e os das outras ciências humanas, a domesticação da população desdobrou-se do consumo de produtos materiais para o de produtos da indústria cultural: parques temáticos, museus, revistas não especializadas, programas escolares, televisivos e radiofónicos, animações para crianças, publicidade e filmes que construíram um imaginário ao mesmo tempo científico e messiânico. Com a guerra, a economia foi centralizada, e este estado de coisas perdurou encobertamente durante a guerra fria e até hoje. A desinformação sistemática e o divertimento massivo serviram para escamotear os «custos exteriorizados», a perversidade e os estragos da energia atómica e petrolífera, da indústria alimentar, da agroquímica, da mecanização dos cultivos, das guerras e, sucintamente, do progresso.

Ora bem, mais um desvio que nos faz regressar outra vez ao socialismo soviético. Que também neste contexto se tenham abraçado ideais H+ é o que defende um dos textos de Riccardo Campa10, filósofo, sociólogo e jornalista italiano que em 2004 aderiu à World Transhumanist Association (WTO), da qual foi director entre 2006 e 2008, fundando paralelamente a Associazione Italiana Transumanisti, da qual é presidente. Além disso, Campa tem feito uma pesquisa sobre o tema da ciência e do horizonte pós-humano para a NATO; é fellow do Institute for Ethics and Emerging Technologies; membro do comité científico do International Journal of Technoethics; e membro do Advisory Board da ONG internacional Lifeboat Foundation – que colabora com a Marinha Militar dos EUA – na qualidade de perito em terrorismo e novas tecnologias. De facto, também James Hughes, director durante anos da WTO, em Citizen Cyborg (2004:127), não hesita em afirmar que «o revolucionário russo no exílio, Léon Trótski, exprimiu a aspiração H+ da esquerda marxista». Sendo que o termo «H+ é sinónimo de autoevolucionista», faríamos melhor, na opinião de Campa, em manter uma atitude muito inclusiva a seu respeito, pois «a evolução autodirigida é no fundo uma ideia que tem atravessado todo o espectro de propostas políticas dos séculos xix e xx, influenciando socialistas fabianos, futuristas italianos, fascistas nietzchianos, comunistas soviéticos e liberalistas americanos». O tecno-progressismo (TechnoProg) centralista e autoritário presente no materialismo dialético, expresso, por exemplo, no escrito Sobre a Autoridade do Friedrich Engels, estará condensado no lema de Lenine – «o socialismo é o poder soviético mais a eletrificação de todo o país» – ou nos planos quinquenais do regime de Estaline (cuja alcunha era «o homem de aço»), nos quais progresso técnico, crescimento económico e potência nacional formaram uma trindade indissolúvel. Edificação de centenas de cidades, cinquenta das quais com cerca de 50 a 250 mil habitantes, construção do sistema eléctrico e da rede viária e rodoviária, extracção massiva de minérios, produção em série de máquinas e bens: o caminho do desenvolvimento estava desbastado. E com ele vieram as purgas e os milhões de mortos de fome na Ucrânia e noutros territórios do império socialista, devido à «colectivização» das fábricas e à gestão centralizada dos cereais11. É também do conhecimento geral que os governos socialistas e comunistas que constelaram a história do século xx jamais se dispensaram de deter e torturar os opositores do progresso. Em simultâneo, e com o mesmo teor cativo, os regimes fascistas continuavam a modernização da sociedade industrial burguesa e da paisagem, tanto natural quanto social, dos países por eles dominados12. Em todo o mundo, a agricultura continua a ser industrializada – com a consequente concentração em monopólios da propriedade, da produção e da distribuição dos alimentos, e os seus subsequentes estragos; a física e a química multiplicam os seus sucessos – cujas aplicações se tornam sempre mais rapidamente noutras tantas potencializações da produtividade e em bens de consumo massivos; com a eletricidade penetram nas aldeias a rádio, a televisão e o cinema – e com estes a estética do «sublime tecnológico» coloniza os imaginários13. A ficção científica começara a entrar no apogeu da sua fecundidade…

κοινωνία

 

1H. F. Judson, The Eighth Day of Creation: Makers of the Revolution in Biology, New York, Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1996. G. Stock, Redesigning Humans: Our Inevitable Genetic Future, Houghton Mifflin Harcourt, 2002. Para uma leitura crítica da «tecnociência de mercado», da eugénica contemporânea e do H+, com uma abundante bibliografia, veja-se o livro fundamental do H. Martins, Experimentum Humanum, Civilização Tecnológica e Condição Humana, Lisboa, Relógio d’Agua, 2011.

2A. V. Baichik – S. B. Nikonov, Noopolitik as Global Information Strategy, in «Vestnik St. Petersburg University», IX, 2012, 1, 207-213; J. M. Noyer – B. Juanals, La stratégie américaine du contrôle continu. De la “Noopolitik” (1999) à “Byting Back” (2007), une création de concepts et de dispositifs de contrôle des populations, 2008, <http:// archivesic.ccsd.cnrs.fr/file/index/docid/292207/filename/Noopolitik_Byting_Back5.pdf

3http://www.ewao.com/a/mindboggling-scientists-create-system-predicts-events-hours-happening/

4L. Suarez-Villa, Globalization and Technocapitalism: The Political Economy of Corporate Power and Technological Domination, Londra, Ashgate, 2012; Id., Technocapitalism: A Critical Perspective on Technological Innovation and Corporatism, Philadelphia, Temple University Press, 2009.

5L. Trótski, Letteratura, arte, libertà, Swarz. Milano, 1957.

6M. Polanyi, The Foundations of Academic Freedom, em «The Lancet», 3 de Maio 1947.

7J. Sastre, Philanthropy, Mass Media and Cultural Hegemony: the Rockefeller Foundation and the Politics of Science Popularization in the 1930s, em M. Badino, P. D. Omodeo, (eds.), Gramsci Today: Cultural Hegemony in a Scientific World, Leiden, Brill (no prelo).

8P. J. Kuznik, Beyond the Laboratory: Scientists as Political Activists in 1930s America, Chicago and London, University of Chicago Press, 1987; G. Werskey, The Visible College: A Collective Biography of Britisch Scientists and Socialists in the 1930’s, London, Allen Lane, 1978.

9 T. Glander, Origins of Mass Communications Research During the American Cold War: Educational Effects and Contemporary Implications, London, LEA, 2000; D. Schiller, Theorizing Communication: A History, New York, Oxford University Press, 1996.

10http://www.divenire.org/stampa.asp?id=4

11D. Shelton, Encyclopedia of Genocide and Crimes Against Humanity, Detroit-Munich, Macmillan Reference, 2005.

12T. Saraiva, Fascist Modernist Landscapes: Wheat, Dams, Forests, and the Making of the Portuguese NewState, em «Environmental History» 0 (2016): 1–22; Inventing the Technological Nation: The Example of Portugal (1851–1898), em «History and Technology» Vol. 23, No. 3, September 2007, pp. 263–273; Marta Macedo, Projectar e construir a Nação. Engenheiros, ciência e território em Portugal no séc. XIX, Lisboa, ICS, 2012.

13L. Marx, The machine in the garden;Technology and the pastoral ideal in America, New York, Oxford University Press, 1964.

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  1. […] omitir que na versão original em língua russa não se falava em «humanidade», mas em «mente».1 Os actuais programas espaciais das várias potências mundiais teimam em canalizar e desperdiçar […]

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